Epílogo

Epílogo.

Não terminou.
Pode o passado ser presente?
Mesmo depois que passa ainda continua.
Ali, vivo e em cores.
E a mente fica voltando, visitando os arquivos
As lembranças vêem sem cronologia.
Vejo um pista de dança incendiando, irradiando calor, energia, amor.
Depois, vejo Pixinguinha entrando na igreja, cantando a alma da mais linda flor, Rosa, Rosy.
Vejo as avós entrando e carregando com elas o sagrado e o tempo.
Uma imagem puxa a outra, vejo os músicos amigos, vejo a igreja do alto, vôo livre.
Volto para festa e vejo o principal, Família.
E não vejo mais nada, fico ali, vendo uma mãe que olha com olhos de mãe. Vendo um filho que olha com olhos de filho.
Parece que vejo o tempo, vejo o tempo em amigos queridos e grisalhos como eu, em crianças crescidas, em avós envelhecidas.
e por fim vejo o sonho, de ser dois e depois crescer, ser três ou mais. E continuar.
A vida começa agora, eles estão apenas começando.